O Instituto Politécnico de Castelo Branco, através do Centro de Estudos e Desenvolvimento Regional, organizou, no passado dia 21 de fevereiro, as IV Jornadas do Potencial Técnico e Científico, que decorreram nas instalações da Escola Superior de Artes Aplicadas do IPCB.
Esta edição das Jornadas teve como principal objetivo dar a conhecer à comunidade académica, institucional e empresarial a meia centena de projetos de investigação que o IPCB tem em curso. São projetos cujas fontes de financiamento provêm dos mais diversos programas de financiamento regionais, nacionais e internacionais (ver tabela I).
 
Programa Nº de projetos apoiados Financiamento
(euros)
Fundação de Ciência e Tecnologia /Centro 2020 13 442.352,92
Fundação de Ciência e Tecnologia/Compete 2020 6 141.027,92
Plano de Desenvolvimento Rural 2020  7 246.921,82
Compete 2020 5 535.295,10
Centro 2020 7 997.240,71
Programa Transfronteiriço Espanha-Portugal 5 675.343,80
Horizonte 2020 2   99.700,00
Life Natura 1 208.838,00
Erasmus+ 3 129.542,24
Tabela I – Programas de financiamento da atividade de I&D do IPCB

A atual atividade investigativa financiada do IPCB alicerça-se em 49 projetos envolvendo o significativo montante aprovado de 3.476.262,51 euros. Esses projetos são fruto de uma grande mobilização e envolvimento da comunidade docente/investigadora – cerca de 80, das seis unidades orgânicas que o IPCB possui. Refira-se, igualmente, que estes projetos têm vindo a permitir estreitar as relações de cooperação, desde logo em contexto académico, dado que envolvem parcerias com praticamente todas as instituições de ensino superior da rede politécnica e muitas da rede universitária, mas também, com o mundo empresarial e institucional, já que engobam, igualmente, numerosas empresas e entidades públicas e associativas.
Esta iniciativa foi bem demonstrativa da crescente afirmação do IPCB no panorama do ensino superior nacional e internacional. O IPCB tem vindo a seguir uma estratégia que se tem traduzido não só num aumento efetivo da quantidade da investigação produzida, mas também na qualidade dessa investigação, a aferir quer pelos critérios mais tradicionais de produção científica (número de artigos publicados em revistas indexadas, por exemplo), quer pela valorização dos resultados da investigação na perspetiva da sua orientação para a resolução de problemas de relevância social, económica e ambiental.
De referir que a sessão de encerramento contou com a presença do Presidente do IPCB, Carlos Maia, bem como da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Maria Fernanda Rolo.
As palavras do Presidente do IPCB, Prof. Doutor Carlos Maia, sublinharam  “a capacidade de mobilização dos docentes que se traduziram num elevado número de projetos aprovados e o nível de adesão a esta iniciativa, que considero de extrema importância uma vez que permite, em primeiro lugar, darmo-nos a conhecer internamente uns aos outros e divulgarmos aquilo que andamos a fazer, os nossos projetos, as nossas capacidades e potencialidades em termos de investigação e prestação de serviços, aumentando assim a capacidade de articulação, o desenvolvimento de projetos transversais e de parcerias entre as várias unidades orgânicas ou até entre grupos da mesma unidade orgânica. Em segundo lugar, porque permite divulgar junto de potenciais clientes as nossas competências de investigação, facilitando a transferência de conhecimento e tecnologia para a sociedade, permitindo simultaneamente reforçar a nossa capacidade de intervenção na comunidade, caminho que cada vez mais o IPCB terá de seguir. E em terceiro lugar porque estes projetos traduzem também um reforço de financiamento da Instituição”.
Carlos Maia referiu ainda que “a capacidade de mobilização e de articulação dos docentes permitiu ao IPCB apresentar 5 propostas de unidades de investigação à Fundação para a Ciência e Tecnologia, no recente processo de candidatura”.
A Prof. Doutora Maria Fernanda Rolo, por seu turno, expressou o seu agrado pela iniciativa que, no seu entender, ilustra claramente o potencial que as instituições de ensino superior, e em particular, o IPCB possuem no sentido de se posicionarem como verdadeiras alavancas do desenvolvimento local e regional. Sublinhou que entende que as instituições de ensino superior são redes estruturantes de intervenção na sociedade e que devem assumir-se enquanto âncoras institucionais e sociais nos contextos onde estão inseridas, assumindo ainda estes espaços enquanto laboratórios privilegiados para a produção colaborativa do conhecimento que produzem, mas também para ajudar a interpretar e a conhecer as diferentes comunidadeS territoriais.  Acrescentou, finalizando, que “os projetos só nascem porque há instituições capazes de formar pessoas, de investir na ciência, isto é, demonstrando que a capacidade de aprender, apreender e empreender estão alicerçadas na formação, na investigação e no conhecimento – e o IPCB está de parabéns pelo que tem conseguido nesta matéria”.

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