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As comunicações divulgam o trabalho desenvolvido pelas equipas multidisciplinares do IPCB envolvidas em projetos de investigação (CULTIVAR e C4 Cloud Computing) e questionam as causas, os impactos e consequências das alterações climáticas em Portugal, em particular o risco da desertificação.
Nas duas comunicações apresentadas pela docente Margarida Ribeiro foram apresentados os resultados da investigação da equipa da Macroecologia de Plantas com a modelação de espécies florestais autóctones na Península Ibérica, os pinheiros bravo e manso, os carvalhos, em particular o carvalho negral, o castanheiro e, ainda, a esteva, em cenários de aquecimento global. No futuro irá ocorrer uma diminuição dessas espécies, em geral, mais acentuada no cenário mais severo, que ultrapasse o limite do aumento de 1,5°C na temperatura global.
Este resultado é preocupante, visto estas espécies serem o paradigma das árvores e arbusto autóctones em Portugal, que irão, futuramente, sofrer com secas mais intensas e risco de incêndio acrescido. A desertificação da Península Ibérica já é uma realidade e, se nada for feito, prevê-se que tenha contornos muito inquietantes.
A doutoranda Isabel Passos falou no potencial dos ecossistemas de carvalho negral para minimizar o impacto das alterações globais, integrando os usos do solo e os gradientes ambientais. Esta espécie irá muito provavelmente sofrer um declínio na região, se o aumento da temperatura global do planeta não for controlado. No entanto, poderá ajudar a aumentar a resiliência dos ecossistemas considerando as mesmas alterações.
As comunicações podem ser consultadas no Livro de Resumos do Congresso, disponível em https://sibecol-ail-meeting2022.pt/scientific-program.