Para lá da formação e requalificação de recursos humanos, o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) quer diferenciar-se enquanto motor de desenvolvimento do turismo regional através da investigação, conceção e desenvolvimento de novos produtos que tirem partido dos recursos endógenos e das marcas já existentes na região. A ideia foi reforçada no Vê Portugal – 6º Fórum de Turismo Interno, evento organizado pelo Turismo Centro de Portugal e que contou com o apoio do IPCB.
O presidente da instituição participou no painel “Turismo no interior do país – Ativos diferenciadores”, moderado pelo diretor do jornal Expresso. Debate onde António Fernandes deixou claro que importa apostar ainda mais na investigação e no desenvolvimento de projetos e conceitos tal como o politécnico tem vindo a fazer com autarquias e o tecido empresarial da região. Exemplo disso são os cursos breves desenvolvidos em parceria com a Associação Empresarial da Beira Baixa, as formações na área da comunicação audiovisual, do design de embalagens ou a criação de plataformas digitais, todos eles também direcionados para as necessidades das empresas do setor do turismo. Valências que o presidente do IPCB entende poderem vir a ser um motor para a valorização e o crescimento do turismo regional. A rematar, e focando-se no impacto social e cultural do politécnico nos agentes económicos do território, António Fernandes anunciou à plateia do Cine-Teatro Avenida que as unidades hoteleiras da cidade vão ser desafiadas a convidarem os seus clientes a assistirem aos eventos culturais do IPCB, como por exemplo os concertos da Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Artes Aplicadas.

Na linha do trabalho levado a cabo com entidades científicas nacionais, a diretora da ESGIN lembra que aquela unidade orgânica do IPCB está já ligada ao CITUR, unidade de investigação aplicada, desenvolvimento e inovação na área do turismo onde foram agregados 17 politécnicos e universidades e mais de duas centenas de investigadores. “Com esta colaboração pretendemos desenvolver produtos diferenciadores que, aliados às necessidades identificadas pelos empresários, acrescentem valor ao turismo do interior”, refere Sara Brito Filipe. “Nas aulas práticas os nossos chefs e estudantes têm desenvolvido produtos gastronómicos que os empresários gostariam de introduzir no mercado e que depois chegam à grande distribuição”. São novas abordagens ao setor, até porque “quem nos visita procura a autenticidade das gentes, dos produtos e dos recursos endógenos que temos para oferecer.”
Recorde-se que ao longo dos dois dias do 6º Fórum de Turismo Interno o IPCB se fez representar maioritariamente pela Escola Superior de Educação e pela Escola Superior de Gestão de Idanha-a-Nova (ESGIN), mobilizando, como é tradição neste tipo de eventos, os alunos quer dos cursos de licenciatura em Secretariado e Gestão Hoteleira, quer dos cursos técnicos superiores profissionais em Assessoria e Comunicação Empresarial, Restauração e Bebidas, e Gestão e Produção de Cozinha.

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