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O objetivo do projeto, liderado pelo politécnico albicastrense e em consórcio com a congénere eborense, passa por testar a eficiência de vários tipos de geomateriais na retenção de catiões metálicos, elementos tóxicos presentes em efluentes mineiros, responsáveis pela contaminação de cursos de água e aquíferos subterrâneos. Para além dos ensaios em sistemas hídricos da faixa piritosa ibérica, a qual abrange Alentejo e Andaluzia, o projeto contempla a construção de um modelo holístico com vista a reabilitar a água superficial nesta região transfronteiriça, muito afetada por drenagens ácidas com elevados teores em metais tóxicos, baseando-se para isso em sistemas de informação geográfica e em técnicas da estatística espacial e geoestatística.
Criado em 2018 pela Fundação La Caixa e pelo BPI, o programa PROMOVE visa estimular iniciativas inovadoras em domínios estratégicos para o desenvolvimento sustentável das zonas de fronteira do interior de Portugal, em particular as áreas correspondentes às regiões do Alto Tâmega e Trás-os-Montes, Beira Interior e Alentejo raiano, e que sejam replicáveis em territórios com características semelhantes.
Na estreia da parceria com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) são apoiados dez projetos-piloto, seis ideias inovadoras e três projetos de investigação e desenvolvimento (I&D) mobilizadores, selecionados a partir da centena de candidaturas e propostas submetidas e avaliadas em função da sua qualidade e exequibilidade, impacto territorial ou sustentabilidade.
Na tipologia dos projetos-piloto, orientados para empresas, sistema científico e tecnológico nacional ou entidades privadas sem fins lucrativos, os subsídios ao investimento vão até 75 por cento, num apoio máximo de 150 mil euros por projeto, com a duração limite de três anos e centrado nos domínios da prevenção de riscos naturais e gestão eficiente de recursos, na criação ou consolidação de polos de especialização orientados para mercados externos, e na valorização do capital ambiental, paisagístico e patrimonial para atração de turistas e residentes. Já no concurso de ideias inovadoras, destinado a estudantes de instituições de ciência e ensino superior, cada proposta vencedora é galardoada com €5.000.
Quanto à estreante linha de apoio a projetos de I&D mobilizadores, a aposta recai no conhecimento, tecnologia e inovação, valorizando recursos e competências locais e o reforço de meios humanos qualificados em domínios específicos como as águas termais, os parques e reservas naturais, os estudos sobre riscos biológicos, ou as novas culturas e produtos naturais. Às unidades de I&D ou consórcios com o setor público empresarial e empresas validados é concedido um apoio mínimo de €150.000, num máximo de 80 por cento do projeto com duração de até três anos.
Nas edições anteriores do Programa PROMOVE foram premiadas duas dezenas de projetos e ideias alocados a dez municípios, num investimento global de 1,4 milhões de euros. Presentemente, a dotação financeira a fundo perdido ultrapassa os 2,5 milhões.