A abertura de recipientes com rolhas circulares tradicionais de rosca é, para muitos idosos, uma grande dificuldade. De modo a contornar esta questão, um grupo de investigadores que inclui os docentes do Politécnico de Castelo Branco Pedro Silva, Domingos Santos e João Júlio Serrano, Ricardo Pocinho, presidente da ANGES – Associação Nacional de Gerontologia Social, Bruno Trindade, membro da ANGES e ainda Gonçalo Martins, designer e ex-aluno da Escola Superior de Tecnologia do IPCB criou um produto ergonómico: Rolhas para a 3ª Idade.

Estas rolhas foram concebidas num formato que permite a abertura de garrafas de forma autónoma, exigindo do utilizador muito menos força na mão. A solução advém do design com formato quadrado, triangular ou oval.

Este formato diferente permite que pessoas com lesões músculo-esqueléticos ou até a nível do túnel cárpico, típicas do envelhecimento, façam a abertura de garrafas de forma mais ágil, fácil e independente. O envelhecimento é também propenso a esta dificuldade de movimentos, visto que “nesta fase da vida há perdas ao nível da coordenação óculo-manual que implica uma diminuição da destreza das mãos e da coordenação motora”, explicam os investigadores.

A equipa, composta por especialistas de diversas áreas, que vão desde a gerontologia, a educação, o design e a tecnologia, desenvolveu este mecanismo para suprir esta “lacuna ao nível da força biomecânica” desta população.

A perda de habilidades motoras finas com as mãos tem sido descrita por vários trabalhos científicos como “uma grande problemática do processo de envelhecimento, pois os idosos deixam de ser capazes de realizar algumas das tarefas diárias de forma independente, o que provoca muitos constrangimentos na sua qualidade de vida”.  A investigação dá, por isso, “uma resposta funcional alternativa” para a melhoria do quotidiano dos idosos, constituindo uma mais-valia para o seu dia a dia.

Concebidas com materiais adequados e um conceito de design criativo, as Rolhas para a 3ª Idade estão já patenteadas com o Registo de Design no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Todas as informações podem recolhidas junto da ANGES – Associação Nacional de Gerontologia Social, parceira no projeto.

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